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Foto do escritorINSTITUTO FLÁVIO LUCE

DENTISTAS NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE



C. DENTISTA: PREPARE SEU LIVRO E PARTICIPE


Sobre o significado da Feira do Livro de Porto Alegre, já em sua 65ª edição, não se precisa falar. Mas, nunca é demais dizer que, sem dúvida, constitui-se no maior evento e festa literária gaúcha, para não dizer brasileira e, com isso, abrir mais uma discussão nacional dentro de nossa já frágil organização federativa, centralizada no poder de um Estado, que, com facilidade pode se ver, pouco valor expressa pela cultura, pela educação e pela saúde.

Seu objetivo é o de estimular o hábito da leitura e dar a conhecer à população a produção literária que constantemente se atualiza pelo trabalho de escritores reconhecidos e novos que se aventuram nesse maravilho mundo do escrever livros.

Breve, teremos mais informações sobre a organização desta edição da Feira, lembrando que a primeira datada de 1955, teve como lema: “Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao público”. Apenas para confirmar o sucesso desse empreendimento basta lembrar que a sua ultima edição, em 2018, recebeu um público estimado de 1.260 milhão de pessoa, com uma média de 70 mil pessoas ao dia.

Assim esperamos com expectativa este novembro de 2019, pois, é nessa ocasião que o Instituto Flavio Luce, em sua missão formativa, voltada para a qualificação dos profissionais de saúde bucal de nosso Estado, inscreve em sua Programação de Trabalho uma intervenção organizada, de nossa categoria profissional, nesse evento, expressa na realização de uma sessão de autógrafos de livros produzidos por cirurgiões dentistas, seguida de uma apresentação temática que visa oferecer ao seu público um panorama sobre o quadro de saúde bucal do Rio Grande do Sul.

Será necessário justificar a realização dessa atividade?

Certamente que não pelo simples fato de, sem muito esforço, se identificar que sua realização projetará a Odontologia e é fator significativo para engrandecer na sociedade uma imagem mais ampla do profissional dentista, por vezes, marcado unicamente pelo simbolismo de seu fazer técnico, ainda que voltado para seu inquestionável e importante agir de saúde.

Todavia, em recente artigo publicado no Jornal Correio do Povo ( 25.03.2019) intitulado “Escrever bem” o professor jornalista escritor Juremir Machado nos alerta para que “ A literatura é um mistério”. Diz ele: “Há cada vez mais gente com vontade de escrever. Tenho a sensação, porém, de que há menos gente com vontade de ler. A concorrência é desleal. No passado, o problema era o analfabetismo. Hoje o livro concorre com os games, a Netflix e as redes sociais. Não importa. O livro resiste. Os autores multiplicam-se. A crítica entrincheira-se. Editoras não faltam. Distribuidoras desaparecem. Grandes livrarias quebram. A paixão por histórias continuam firme.”

Também a deputada federal Fernanda Melchionna, nessa condição e na de bibliotecária que é, nesse mesmo jornal (edição 14.03.2019 ) no oferece em seu artigo “O “apagão das bibliotecas” no RS custará caro a nossa sociedade” nos fornece um quadro preocupante e uma prova de como no estado gaúcho, também se reproduz uma situação preocupante com os serviços públicos nessa área, onde se destaca a falta de bibliotecas e bibliotecários nas escolas do estado. Diz ela: “De acordo com dados do governo do RS de 2018, apenas 20 bibliotecários atuam nas 2.539 escolas estaduais. ...no mínimo 100 vagas desses profissionais estão ociosas, mas não há previsão de preenchimento delas. ...A Lei nº 12.244/2010 exige que até 2020 toda instituição de ensino tenha um biblitecário e... o ultimo concurso para bibliotecários no RS, por exemplo, foi realizado na década de 1990.” Além disso acrescenta para nossa informação: “ A última pesquisa Retrato da Leitura no Brasil mostrou que os brasileiros lêem em média 2,43 livros por ano.” Por tais razões acrescenta “ A implementação de políticas públicas de valorização dos bibliotecários e de promoção do livro, da leitura, da escrita, da literatura e das bibliotecas é essencial para derrotarmos o projeto de educação em curso no país que persegue professores por estimular a consciência crítica em seus estudantes e que quer impor o modelo do pensamento único. Não queremos esse futuro para o nosso Brasil.”

Alinhando-se a algumas dessas preocupações o advogado e professor Voltaire Mariense, também em artigo no Correio do Povo ( 04.12.2018) sob o título “A sobrevivência do Livro” referia: ...todos nós somos sabedores através dos diversos meios de comunicação que nas últimas semanas dois dos maiores grupos de livraria do país requereram recuperação judicial, isto é, se valeram de um moderno nome implementado no meio jurídico - outrora denominado de concordata – para viabilizar, e se possível superar sua situação econômico-financeira. Questões relevantes devem ser arguidas: o livro impresso vai morrer? Será que outras conceituadas editoras vão conseguir sobreviver? “Ninguém, de sã consciência, ignora a importância da leitura.”

Encerram todos eles com a mensagem de que a formação de uma sociedade leitora é condição para a formação humana e crítica da sociedade brasileira e que pelo menos, se deve levar em conta o dizer do conhecido autor escritor brasileiro Monteiro Lobato que no lembra que “Um país se faz com homens e livros”.

Talvez isso explique a grandeza do gesto que os C.Dentistas podem emprestar ao apresentarem-se para em uma representação da Odontologia organizarem-se e coletivamente tornarem realidade há sessão de autógrafos proposta pelo Instituto Flávio Luce a nossa Feira do Livro, sem qualquer dúvida um acontecimento de resistência a desvalorização do livro, a desconstrução ao hábito da leitura e da descrença na possibilidade e importância do escrever, conseqüentemente, da literatura.

A odontologia, com certeza se dirá presente. A possibilidade está em nossas mãos. Participemos, pois! PARA PARTICIPAR FAÇA CONTATO COM CONOSCO!

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